Ascom FIMUS
18 de jul. de 2024
O conjunto abriu a quinta noite de programação do FIMUS
Na última quinta-feira (18), o Quinteto de Metais do FIMUS apresentou o espetáculo Uma viagem da Broadway ao Brasil. O conjunto, composto por Nairam Simões e Ross Ahlhorn (trompetes), Juli Buxbaum (trompa) e Artur Vinícius Cândido e Jean Márcio Souza da Silva (trombones), surgiu a partir do convite do diretor artístico do FIMUS, Vladimir Silva. Segundo Nairam Simões, os ensaios começaram em fevereiro, enquanto alguns dos integrantes ainda estavam nos Estados Unidos: ”Cada um estudou as partes separadamente e durante o evento, que está sendo maravilhoso, a gente juntou tudo”, explicou.
O repertório escolhido foi variados. Com arranjos bem elaborados, os intérpretes apresentaram temas extraídos do musical West Side Story, de Leonardo Bernstein, até os frevos do Maestro Duda. “A gente quis trazer um conceito que pudesse incluir pessoas de todas as idades, de todos os gêneros e nacionalidades. Então, nada melhor do que esse programa acessível ao público”, acrescentou Nairam.
Apesar de ser formado por músicos com diferentes trajetórias, a paixão pelos instrumentos de metais é o ponto de união entre os integrantes do quinteto. O professor de Música da Universidade Federal de Campina Grande, Jean Márcio Souza da Silva, também explicou a importância dos metais em formações musicais: “Os metais são o coração pulsante, porque são instrumentos que atuam desde o começo da formação orquestral. Eles dão força aos acentos da orquestra. Como são de sopro, impulsionam e movimentam a sonoridade dos grupos, orquestras e bandas”, esclareceu Jean.
Ao falar da sua conexão com o trompete, o doutor Ross Ahlhorn, que é docente da Louisiana State University e teve seu primeiro contato com o instrumento ainda criança, ressalta: “Foi meio predeterminado, porque meu pai tocava trompete, meu irmão mais velho tocava trompete, meu tio tocava trompete. Então, foi meio predestinado, mas foi ouvindo trilhas sonoras de John Williams e todas essas coisas que realmente me apaixonei pelo trompete. E, desde então, não parei mais.”
O trombonista-tenor da noite, Artur Vinícius Cândido, também contou um pouco de sua experiência com o instrumento e ressaltou a importância da educação em seu desenvolvimento como artista, porque nesta noite pôde tocar ao lado de seu mestre, Jean Márcio Souza da Silva, com quem tem aula de música na UFCG. “O professor é uma referência para mim e receber o convite dele e de Nairam para fazer parte desse quinteto é uma conquista, porque eu sei que o caminho que estou seguindo é o certo”, confessou o musicista areiense.
O XV Festival Internacional de Música de Campina Grande e o 8º FIMUS Jazz tem sido um momento prolongado de troca de experiências com músicos de diferentes regiões e especialidade, provando que a música representa história, afeto e comunicação intercultural. As apresentações do FIMUS vão até domingo (21).
Ascom FIMUS: Julia Nunes (Reportagem), Julia Nunes e Guilherme Barbosa (Fotografia), Karla Nóbrega e Giseli Sampaio (Edição)