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Entre Fronteiras promove o encontro entre culturas, no XV FIMUS

Ascom FIMUS

18 de jul. de 2024

Músicos de diferentes partes do mundo se reuniram no palco do Teatro Municipal Severino Cabral

O palco do Teatro Municipal Severino Cabral tornou-se multicultural, na tarde desta quinta-feira (18), durante a apresentação do espetáculo Além das Fronteiras: A Arte da Canção. No palco, apresentaram-se a soprano Alzeny Nelo, que veio do Rio Grande do Norte; o violoncelista Henry David Varema, que é natural da Estônia; e o pianista Guilherme Rodrigues, que é proveniente da Paraíba. Contamos ainda com a participação especial do violoncelista Kayami Satomi, que é brasileiro com raízes japonesas. O grupo fez uma apresentação na qual interpretaram peças de Cesar Franck, Tõnu Kõrvits, Els Aarme, Gabriel Fauré, Heitor Villa-Lobos, dentre outros(as).


“Eu acho que essa apresentação, com este título, tem a característica de afirmar a diversidade dos músicos, do repertório, dos compositores, das culturas, trazendo músicos ainda vivos e os outros que a gente imortaliza no palco”, explicou o pianista Guilherme Rodrigues. “Além das Fronteiras significa que nós somos de uma única comunidade, que tem essa especialidade superior entre todos os seres vivos, que é fazer arte. Eu acho que isso, concretizado numa apresentação assim, simples, traz consigo uma grande filosofia,” finalizou Guilherme.


A fala de Guilherme está em consonância com o que o violoncelista Kayami Satomi disse: “Tem muitas fronteiras que são visíveis, palpáveis e outras invisíveis. Essas fronteiras, mesmo que sejam nacionais ou internacionais, elas existem, mas na hora do palco elas desaparecem. Realmente, há uma união, uma congregação, uma confraternização, e esse é o nosso papel enquanto artistas, independente de qual seja a nossa voz, qual seja nosso sotaque, a gente pode se juntar e sempre fazer música juntos para encantar a plateia.”


Já Alzeny Nelo, soprano, fala do processo de preparação do programa: “Eu acho queo elemento desafiador é ter pessoas de vários lugares diferentes se encontrando para fazer música. A recompensa maior é essa conexão com o público, poder compartilhar o que a gente tem de melhor, que é a nossa arte. Eu digo que é um sacerdócio. A gente faz realmente com muito amor, com muita dedicação e acho que é a melhor recompensa.” 


Henry David Varema, oriundo da Estônia, fala como seu instrumento, o violoncelo, combinou com a proposta musical da apresentação: “O violoncelo encaixa muito bem com o canto, é um instrumento que todo mundo diz que se assemelha à voz humana e para o programa de hoje você pode ver muitas obras intituladas canções ou algo do tipo. O violoncelo é um instrumento melódico e, nesse programa, eu tento cantar como Alzeny.” Na ocasião, Henry aproveitou para falar sobre a sua relação com o Brasil, dizendo: "O Brasil é um dos meus países favoritos, eu venho frequentemente, sim, e gosto muito. O que eu gosto mesmo é das pessoas, é o entusiasmo pela música, que talvez é mais do que vejo no meu próprio país. Falo pouco português”.


Ascom FIMUS: Guilherme Barbosa (Reportagem), Clara Santos (Produção), Ernandes Silva (fotografia), Karla Nóbrega e Giseli Sampaio (Edição)

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